A cidade de Campo Grande está mergulhando de cabeça nas discussões acerca da tão debatida reforma tributária. Em um evento recente promovido pela Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), em colaboração com o Observatório de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), especialistas e acadêmicos se reuniram para debater os possíveis efeitos e mudanças que essa reforma promete trazer consigo.
Renan Lustosa de Oliveira, advogado especializado no setor do agronegócio, ressaltou a importância crucial dessas discussões para o estado de Mato Grosso do Sul, devido à relevância que o agronegócio detém no Produto Interno Bruto (PIB) regional. Renan expressou suas preocupações quanto aos possíveis impactos nos preços dos alimentos para os consumidores, assim como as possíveis repercussões para a economia em geral.
Por outro lado, Lineu Borges Filho, estudante da UFMS, destacou a diversidade de perspectivas apresentadas durante o painel, incluindo as opiniões vindas do setor varejista – um segmento crucial, porém muitas vezes marginalizado nas discussões econômicas. Para ele, eventos como esse são de extrema importância para compreender o cenário atual e futuro, moldando a visão dos futuros economistas.
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A complexidade do sistema tributário brasileiro, com suas diversas taxas, obrigações e exceções, foi um tema amplamente debatido. Adelaido Vila, Secretário Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico, ressaltou que, devido a essa complexidade, as empresas brasileiras enfrentam maiores gastos com profissionais como contadores e advogados em comparação com empresas de outros países.
A mesa de discussão contou com a presença de representantes de vários setores e entidades, como Hudson Garcia, presidente do Conselho Regional de Economia do Mato Grosso do Sul; Inês Santiago, da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas; José Carlos de Pádua Neto, do Sistema Famasul/Senar; Ezequiel Resende Martins, da Fiems; e o professor de direito tributário da UFMS, Emanoel Marcos de Lima.
Esse encontro reflete o comprometimento de Campo Grande em enfrentar e compreender as iminentes mudanças econômicas, preparando-se para um futuro que, apesar das incertezas, certamente será moldado pelas decisões tomadas no presente. A cidade reforça sua posição como centro de debates e reflexões acerca do futuro econômico do Brasil.