Campo Grande se destaca como a capital com menor taxa de desocupação do país

André Rocha 4 visualizações
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Campo Grande, a capital do estado de Mato Grosso do Sul, está assumindo a liderança entre as capitais brasileiras com a menor taxa de desocupação do país. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade alcançou o primeiro lugar no ranking, registrando uma taxa de desocupação de apenas 3,4% no primeiro trimestre deste ano. Esse número representa a menor taxa de desemprego para um primeiro trimestre desde o início da Pesquisa por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-T).

Os resultados de Campo Grande também se destacam quando comparados à média estadual, que foi de 4,8%, segundo o IBGE. Além disso, a taxa de desocupação na capital sul-mato-grossense é inferior à de países como Canadá, Austrália e Estados Unidos.

A prefeita Adriane Lopes comemorou a conquista, destacando que a liderança de Campo Grande reflete o status da cidade como “Capital das Oportunidades” e seu desenvolvimento como um polo de crescimento e geração de novos negócios. No ano passado, a cidade viu um aumento de mais de 10 mil empresas ativas, demonstrando seu contínuo crescimento econômico e resultando em números positivos de empregabilidade.

De acordo com a pesquisa, Campo Grande possui uma população de 743 mil pessoas em idade de trabalho, das quais 498 mil estão ativamente inseridas na força de trabalho. A força de trabalho inclui pessoas com 14 anos ou mais que estão trabalhando ou procurando emprego.

Esses dados ressaltam o cenário favorável de crescimento econômico que Campo Grande tem vivenciado no período pós-pandemia. Desde julho de 2020, a cidade criou mais de 34 mil novos empregos formais. Somente no primeiro trimestre de 2023, foram geradas 2.558 novas vagas, com ênfase nos setores de serviços, construção civil e indústria.

Os números revelam que 17 mil pessoas estão desempregadas, enquanto 39 mil estão subocupadas, ou seja, trabalhando menos horas do que gostariam. No entanto, esses valores estão abaixo dos registrados antes da pandemia, indicando uma recuperação gradual do mercado de trabalho.

O economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos, destaca que a taxa de desocupação de 3,4% pode indicar um cenário de pleno emprego. Ele explica que o pleno emprego é o nível máximo de utilização dos recursos produtivos de uma economia, principalmente da mão de obra, e ocorre quando a demanda por trabalho está em equilíbrio com a oferta. Esse cenário é considerado desejável e representa uma economia em expansão.

Embora tenha havido um aumento sazonal de 0,3 pontos percentuais na taxa de desocupação em relação ao último trimestre de 2022, esse movimento é atribuído às demissões sazonais que ocorrem no final do ano, principalmente no setor do comércio

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