No recente panorama econômico de agosto de 2023, Mato Grosso do Sul despontou como a unidade federativa com o maior crescimento no setor de Serviços e no Comércio Varejista Ampliado, segundo dados do IBGE. Enquanto a maioria dos estados brasileiros enfrentou uma retração, Mato Grosso do Sul apresentou um avanço significativo, refletindo sua robustez econômica em tempos desafiadores.
De acordo com os números, 19 das 27 unidades federativas registraram uma queda no volume de Serviços em agosto, comparando-se ao mês anterior. O país, como um todo, teve uma diminuição de 0,9%. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia foram os que mais sofreram com taxas negativas de -1,2%, -1,8% e -2,8%, respectivamente. No entanto, Mato Grosso do Sul apresentou um aumento expressivo de 7,5%, seguido por Paraná e Rio de Janeiro com avanços mais modestos.
O que impulsionou esse crescimento notável? De acordo com especialistas, a diversificação da economia sul-mato-grossense tem desempenhado um papel crucial, com investimentos significativos em tecnologia, agricultura e logística. Além disso, a localização estratégica do estado, próximo a importantes polos comerciais do Brasil, contribuiu para a expansão do setor de Serviços.
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Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, tem o setor de Serviços como carro-chefe de sua economia, representando 80% da economia local e 55% do estado como um todo. Com a aproximação das festividades de final de ano, a perspectiva é ainda mais otimista. Adelaido Vila, secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), destaca a importância dos lojistas se prepararem para essa época, aprimorando vitrines e estratégias de marketing. Ele prevê que as festividades podem injetar mais de R$ 200 milhões na economia local neste ano.
Além do setor de Serviços, o Comércio Varejista Ampliado também mostrou sinais positivos em Mato Grosso do Sul. Enquanto a maior parte das unidades federativas teve um desempenho negativo, o estado sul-mato-grossense, juntamente com Rio Grande do Sul e Pernambuco, registrou taxas positivas. A média nacional, no entanto, foi de uma queda de 1,3%.
O estudo do IBGE não especifica as capitais, mas dados anteriores do Produto Interno Bruto dos municípios em 2020 mostram que Campo Grande responde por aproximadamente 40% de todo o setor comercial e de serviços de Mato Grosso do Sul. Esse dado reforça a relevância da capital no cenário econômico estadual e nacional.
Este crescimento expressivo de Mato Grosso do Sul demonstra a força e a resiliência de sua economia em um cenário de desafios. A proatividade de seus empreendedores, a visão de futuro das autoridades locais e os investimentos estratégicos são fatores essenciais para esse sucesso, servindo de inspiração para outros estados brasileiros.