A Expedição Pantanal Sustentável 2 teve seu início nesta segunda-feira, numa madrugada de esforços conjuntos para desbravar e compreender a realidade do Pantanal. Organizada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, com o respaldo da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), essa expedição busca reunir informações cruciais para complementar a regulamentação da Lei do Pantanal e do Fundo do Clima Pantanal.
Objetivos Claros e Ambiciosos
O objetivo principal desta expedição é a coleta de dados e informações in loco sobre a geografia, biodiversidade, sistemas produtivos e necessidades das populações locais. Essas informações são a espinha dorsal para a formulação de políticas públicas mais adequadas e eficientes, atendendo tanto ao bioma quanto às comunidades que ali residem.
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Liderança e Participação Engajada
Os secretários executivos de Meio Ambiente, Artur Falcette, e de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, estão à frente dessa empreitada, acompanhados por aproximadamente 40 participantes, incluindo servidores do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), organizações não governamentais, instituições de ensino e pesquisa, produtores rurais e técnicos. O grupo partiu de Campo Grande às 4h da manhã em veículos 4×4, com retorno programado para domingo, dia 26, no final da tarde.
Histórico e Contexto: Lições da Primeira Expedição
A primeira expedição, realizada em março, durou quatro dias e seguiu uma rota distinta, concentrada na aplicação de critérios específicos da Lei do Pantanal. Conforme explicou o secretário executivo Artur Falcette, “Como representantes do Governo do Estado, aproveitamos para conhecer a realidade e os desafios de cada região, cada comunidade, visando estudar políticas públicas específicas e eficientes”.
Roteiro e Imersão: Uma Viagem Reveladora
A expedição teve início oficialmente às 6h no Posto Taurus, na BR-262, próximo a Anastácio. Dali, o grupo seguiu por 46,6 quilômetros pela BR-419, atualmente em fase de pavimentação, até a fazenda Taboco, onde tiveram o tradicional café da manhã pantaneiro, conhecido como quebra torto. Esse ponto marcou a entrada oficial da expedição no território pantaneiro. Na fazenda Taboco, os participantes conheceram a unidade produtiva, explorando suas características, potencialidades e necessidades.
Após essa parada, o grupo percorreu mais 59 quilômetros, visitando as Fazendas Santa Izabel, Iguaçu e Baía Negra, onde almoçaram. Retomando a viagem, seguiram por mais 66 quilômetros até a fazenda Barranco Alto, onde pernoitaram. Em cada uma dessas unidades, os proprietários apresentaram seus sistemas produtivos e compartilharam informações detalhadas sobre suas práticas de cultivo, uso do solo e manejo florestal.
Impacto e Expectativas: Construindo um Futuro Sustentável
Ao todo, a expedição percorrerá mais de 1.000 quilômetros, sendo cerca de 770 quilômetros dentro do Pantanal. Esse esforço coordenado visa não apenas coletar dados, mas também promover um intercâmbio de conhecimentos e experiências entre os diversos participantes. As informações obtidas serão cruciais para a formulação de políticas públicas que realmente atendam às necessidades do bioma e das populações locais.
A Expedição Pantanal Sustentável 2 representa um passo significativo no esforço de regulamentação da Lei do Pantanal e do Fundo do Clima Pantanal. Através dessa iniciativa, espera-se criar uma base sólida de informações que permitirá a elaboração de políticas públicas mais eficazes e sustentáveis, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades pantaneiras.
A expectativa é que os dados coletados durante esses cinco dias de expedição sejam transformadores, proporcionando insights valiosos para a preservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal.