No cenário internacional de rápidas mudanças tecnológicas, a Inteligência Artificial emerge como um ponto crucial nas discussões multilaterais.
Durante o encerramento do seminário “Inteligência Artificial para Equidade Social e Desenvolvimento Sustentável“, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a necessidade de cooperação entre nações para combater as desigualdades na adoção dessa tecnologia.
O evento, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela UNESCO, ocorreu no contexto da presidência brasileira no G20 e reuniu especialistas de diversos setores para debater o futuro da IA.
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A ministra destacou a importância de uma abordagem colaborativa para lidar com as significativas disparidades na distribuição global de ativos e infraestrutura de IA, atualmente concentrados em poucas empresas privadas. Segundo Luciana Santos, embora a Inteligência artificial prometa benefícios sociais, é crucial que sua implementação não amplie as disparidades entre países.
O seminário abordou desafios relacionados à IA em quatro painéis principais: infraestrutura para desenvolvimento da IA, pesquisa e formação de recursos humanos, questões éticas e impactos sociais, e governança nacional e internacional da IA. Esses temas refletem as preocupações comuns entre os países do G20 sobre como promover inovações tecnológicas inclusivas e sustentáveis.
Destacou-se durante o evento a revisão da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, prevista para junho, demonstrando o compromisso renovado do Brasil com o avanço responsável e ético da IA.
Santos enfatizou que a tecnologia deve ser usada para enfrentar desafios globais, como a crise climática e a fome, além de melhorar a qualidade de vida da população.
A presença de autoridades como Henrique Miguel, secretário de Ciência e Tecnologia para a Transformação Digital, e Luciano Mazza, embaixador e presidente do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, juntamente com Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora da UNESCO no Brasil, reforçou a importância das discussões. Eles concordaram que a IA não é apenas uma batalha tecnológica, mas também um elemento crucial para a equidade social e o desenvolvimento sustentável.
As recomendações e insights compartilhados ressaltaram a necessidade urgente de estratégias que incorporem preocupações éticas e culturais na implementação da IA, abordando questões de diversidade social e linguística e garantindo acessibilidade aos avanços tecnológicos para todos.
Em resumo, o encontro do G20 sobre IA demonstrou uma consciência coletiva sobre a importância de uma cooperação internacional sólida para moldar um futuro em que a tecnologia não apenas inove, mas também promova justiça social e desenvolvimento sustentável genuíno. A jornada da inteligência artificial, como discutida por líderes e especialistas, foca menos na singularidade tecnológica e mais em como ela pode ser utilizada para o bem comum global.