O Governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com representantes do Chile, Argentina e Paraguai, iniciou nesta quinta-feira (20) discussões estratégicas sobre as agendas geopolíticas e econômicas relativas à Rota Bioceânica.
O 5º Fórum de Governos Subnacionais do Corredor Bioceânico de Capricórnio, realizado em Loma Plata, aborda temas como logística, turismo, desenvolvimento sustentável e o futuro industrial da região abrangida pela rota. O evento termina nesta sexta-feira (21).
Na abertura do fórum, o governador Eduardo Riedel destacou as oportunidades econômicas e transformações que a Rota Bioceânica pode trazer. “Estamos presenciando a concretização de um grande sonho de várias gerações de líderes.
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Temos 3.329 quilômetros do traçado da Rota, que se tornará um próspero corredor de exportações e importações, conectando o Centro-Oeste brasileiro ao Pacífico,” disse Eduardo Riedel, enfatizando a redução de custos logísticos e o acesso a novos mercados na Ásia.
Eduardo Riedel mencionou os desafios históricos entre as fronteiras e os investimentos em infraestrutura, como a construção da ponte sobre o rio Paraguai, em Porto Murtinho. “A construção da ponte segue conforme o cronograma, com conclusão prevista para novembro de 2025.
Já avançamos com a instalação de 14 km de rede de energia elétrica trifásica no lado brasileiro. O contorno rodoviário de acesso à ponte começa no próximo mês,” afirmou o governador, destacando um investimento de 472 milhões de reais pelo governo federal.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou avanços importantes, como o cumprimento do cronograma das obras e a possibilidade de um gasoduto do Paraguai para Mato Grosso do Sul. “Anunciamos investimentos privados, como a construção de uma indústria de soja em Loma Plata,” disse Jaime Verruck.
Além de representantes do Chile, Argentina e Paraguai, Bolívia e Peru também enviaram delegados, mostrando interesse em integrar o corredor bioceânico. O evento reúne mais de 600 participantes, incluindo empresários e autoridades dos quatro países envolvidos.
Vários convênios foram assinados entre ministérios paraguaios e departamentos regionais para implementar políticas públicas que viabilizem o corredor bioceânico. Desde 2015, acordos internacionais preveem que a nova rota percorrerá os quatro países em um traçado de 3.320 quilômetros, reduzindo a distância entre o Brasil e a Ásia em 8 mil km e diminuindo em 15 dias o tempo de logística.
A Rota Bioceânica promete transformar a dinâmica econômica e geopolítica da América do Sul, criando novas oportunidades de exportação e importação e fortalecendo a integração entre os países. O fórum demonstra o compromisso dos governos em colaborar para o desenvolvimento sustentável e econômico da região, construindo uma infraestrutura robusta que beneficiará todos os participantes.
Enquanto a construção da ponte sobre o rio Paraguai continua, os líderes dos quatro países trabalham para superar desafios e realizar o potencial pleno da Rota Bioceânica, promovendo um futuro de crescimento econômico e integração cultural além das fronteiras nacionais.