Mato Grosso do Sul marcou presença na BioComForest 2024, uma feira dedicada à biomassa, compostagem e florestas, realizada de 30 de julho a 1º de agosto no campus da Universidade Estadual Paulista em Botucatu, São Paulo. Representado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, o Estado destacou suas impressionantes conquistas e planos futuros durante o evento, que atraiu empresários do setor e especialistas da área.
Representação de Alto Nível
Artur Falcette, secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc, representou o secretário Jaime Verruck na feira. Em sua palestra, Falcette destacou as potencialidades econômicas de Mato Grosso do Sul, enfatizando a liderança do Estado na produção de madeira em tora para papel e celulose. Ele mencionou a contribuição significativa para a produção nacional de celulose, com uma participação de 24%, equivalente a aproximadamente 5,5 milhões de toneladas anuais. O secretário também ressaltou que Mato Grosso do Sul possui a segunda maior área cultivada de eucalipto no Brasil, com 1,4 milhão de hectares.
Importância Estratégica
Segundo Artur Falcette, a participação da Semadesc no evento é crucial, pois aborda temas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do Estado. “Quando analisamos as temáticas de bioenergia, compostagem e florestas, vemos o quanto elas são relevantes para Mato Grosso do Sul, tanto no presente quanto para o futuro. O Estado está em um processo acelerado de crescimento e atração de investimentos, especialmente nas cadeias produtivas de bioenergia, como a cana-de-açúcar e o milho”, explicou.
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Crescimento Sustentável
Nos últimos dez anos, Mato Grosso do Sul registrou o maior crescimento em área de floresta plantada no Brasil, e a tendência é continuar nesse ritmo pelos próximos anos. Falcette destacou que essas cadeias produtivas são essenciais para a transição energética do Estado, que está atualmente em construção. O Plano Estadual de Transição Energética prevê a neutralização do balanço de carbono, e setores como o de florestas plantadas têm um papel fundamental nesse processo.
Mercado de Carbono
O setor de cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul também está avançado no mercado de carbono, comercializando créditos de biocombustíveis (CBios). “Essas características destacam a importância do Estado no cenário nacional e internacional, especialmente na meta de se tornar Estado Carbono Neutro até 2030”, afirmou Falcette. Ele ressaltou que as áreas de floresta plantada no Estado mantêm mais do que o dobro da reserva legal exigida para o bioma Cerrado, com 44% de reserva legal em comparação aos 20% exigidos pelo Código Florestal.
Impacto e Futuro
A BioComForest 2024 proporcionou uma plataforma valiosa para Mato Grosso do Sul apresentar suas realizações e compartilhar sua visão de futuro. A presença do Estado no evento demonstra seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação nas cadeias produtivas de biomassa, compostagem e florestas.
Com um plano robusto para a transição energética e metas ambiciosas de neutralização de carbono, Mato Grosso do Sul está se posicionando como um líder em sustentabilidade no Brasil.
O evento foi uma oportunidade para Mato Grosso do Sul não apenas exibir seus potenciais econômicos, mas também reforçar sua posição no mercado de bioenergia e sustentabilidade. A apresentação de Artur Falcette destacou a importância estratégica dessas cadeias produtivas para o Estado, mostrando um compromisso firme com o crescimento sustentável e a inovação.
Com uma trajetória de sucesso e planos promissores, Mato Grosso do Sul continua a ser um exemplo de desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental.