Mato Grosso do Sul tem se firmado como um estado de excelência na produção de proteína animal, e os números impressionantes na avicultura e suinocultura são prova disso. As políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, através da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), estão impulsionando o crescimento desses setores.
No início da ultima sexta-feira (01), em Campo Grande, essas iniciativas foram apresentadas aos alunos do Mestrado Profissional do Projeto Rural Sustentável – Cerrado, numa parceria entre a Semadesc e a Universidade Federal de Lavras/UFLA.O evento destacou dois programas emblemáticos: o Frango Vida e o Leitão Vida, que servem como vitrines de boas práticas sustentáveis na produção de proteína animal. O médico-veterinário Rubens Flávio de Mello Corrêa, especialista em avicultura e gestor da Semadesc, discutiu o Frango Vida, um programa criado em 2022 com o objetivo de apoiar o crescimento e modernização da avicultura de corte no estado.
Rubens Mello enfatizou que as ações para promover a avicultura têm uma trajetória de 19 anos em Mato Grosso do Sul, mas ganharam um novo impulso em 2022 com o Frango Vida. Os avicultores que atendem a todos os critérios estabelecidos pelo programa recebem um incentivo fiscal de 32% do ICMS, com um adicional de 1,5% para cada critério complementar cumprido, totalizando 50% do ICMS em incentivo quando todos os requisitos são atendidos.
Leita também
Por outro lado, o Subprograma Leitão Vida, apresentado pelo gestor de suinocultura Rômulo Gouveia, tem como objetivo expandir a suinocultura de maneira moderna, competitiva e sustentável, para atender aos mercados mais exigentes. O programa recompensa a eficiência e eficácia dos produtores de suínos com incentivos financeiros, promovendo a produção de suínos para consumo familiar e gerando renda através da agroindústria. Além disso, busca garantir a saúde do rebanho e o status sanitário de zona livre da Peste Suína Clássica.
Rômulo Gouveia destacou que o Mato Grosso do Sul já possui mais de 105 mil matrizes de suínos e projeta alcançar 150 mil até 2026. Além disso, mencionou o interesse crescente na produção de biogás a partir dos dejetos suínos e biometano, destacando os avanços em sustentabilidade na produção animal.
Essas apresentações despertaram grande interesse entre os alunos, principalmente no que diz respeito aos avanços sustentáveis, como a produção de biogás a partir dos resíduos suínos e a geração de biometano. O Mato Grosso do Sul está claramente pavimentando o caminho para se tornar um polo de excelência na produção de proteína animal, atraindo a atenção de estudantes e profissionais de outros estados como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Esse crescimento não só impulsiona a economia local, mas também contribui para a produção de alimentos de qualidade e sustentáveis.