O estado de Mato Grosso do Sul desponta como o líder nacional no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, testemunhando um impressionante aumento de 32% no último ano. Essa conquista coloca o estado à frente de outros importantes polos agrícolas, como Tocantins, Mato Grosso e Paraná, conforme revelado pela Resenha Regional do Banco do Brasil, que monitora os indicadores econômicos estaduais.
O avanço notável é resultado de uma combinação de fatores, incluindo políticas governamentais eficazes, práticas de sustentabilidade ambiental e inovações no setor. O governador Eduardo Riedel ressaltou a importância de um crescimento equilibrado, destacando MS como um exemplo de sucesso no agronegócio sustentável. Ele enfatizou o compromisso contínuo com a melhoria da infraestrutura e logística para facilitar o escoamento da produção, além da proteção dos biomas locais, evidenciada pela legislação recente para preservar o Pantanal.
Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), salientou que a liderança de MS na geração de riquezas no agronegócio reflete uma política robusta de apoio às cadeias produtivas. Incentivos fiscais, linhas de crédito do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e outras medidas têm sido cruciais para o crescimento contínuo e sustentável do setor no estado.
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Além do agronegócio, MS também registrou crescimento em outros setores econômicos. O PIB da Indústria avançou 1,1%, o setor de Serviços cresceu 4,3%, e o PIB total do estado aumentou 8,4%, de acordo com dados do Banco do Brasil.
No cenário nacional, MS contribuiu com 7,6% da agropecuária do país, destacando-se na produção de soja (7,2%), milho (12,3%) e algodão (1,8%). Para 2024, apesar dos desafios climáticos enfrentados no ano anterior, o estado prevê um aumento de 6,5% na safra de soja, cobrindo uma área de 4,265 milhões de hectares e com uma produtividade estimada de 54 sacas por hectare, o que pode resultar em uma produção de aproximadamente 13,818 milhões de toneladas.
Num contexto mais amplo, o relatório do Banco do Brasil aponta para um cenário econômico nacional misto. A inflação, medida pelo IPCA, encerrou 2023 em 4,62%, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, e projeta-se uma inflação de 3,7% para 2024. A taxa Selic é esperada em 9,25% ao final do ano. Os indicadores de atividade econômica indicam uma estabilização no crescimento, especialmente nos setores de serviços e indústria.
Prevê-se que o mercado de trabalho nacional encerre 2024 com uma taxa de desemprego de 8,4% e um crescimento salarial de 1,2% em relação ao ano anterior. No entanto, o agronegócio brasileiro como um todo pode enfrentar desafios devido à redução na área plantada de milho safrinha e condições climáticas adversas. Apesar disso, espera-se um crescimento de 1,8% na economia brasileira em 2024, impulsionado por uma taxa de juros mais baixa e outros fatores econômicos positivos.
Este panorama destaca a resiliência e a capacidade de inovação do agronegócio em Mato Grosso do Sul, estabelecendo o estado como um modelo de sucesso e sustentabilidade no cenário agrícola brasileiro.