Microsoft responde a críticas e desvincula Teams do pacote Microsoft 365

André Rocha 4 visualizações
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A Microsoft tomou uma decisão drástica ao anunciar a separação do Teams de sua popular assinatura Microsoft 365 (antigo Office 365), em resposta a anos de críticas e pressões regulatórias.

Esta mudança sinaliza uma nova fase para a gigante do software no cenário global de colaboração empresarial.

A empresa surpreendeu muitos analistas com essa medida, que vem após o compromisso assumido no ano anterior de oferecer o pacote Microsoft 365 na União Europeia e na Suíça sem incluir o Microsoft Teams.

A justificativa da Microsoft para essa ação é responder às preocupações levantadas pela Comissão Europeia, buscando maior transparência e facilitação nas negociações e decisões dos clientes.

O Teams foi introduzido pela Microsoft como um complemento ao pacote Microsoft 365 em 2016, alcançando uma base de mais de 320 milhões de usuários. Além disso, a empresa está lançando uma nova oferta autônoma do Teams para clientes empresariais fora da União Europeia e da Suíça.

Embora a Microsoft sempre tenha permitido que as empresas pagassem separadamente pelo Teams, ele também era oferecido como parte do pacote Microsoft 365, gerando críticas de concorrentes que alegavam vantagem competitiva injusta.

A Slack, agora sob o controle da Salesforce, criticou as práticas da Microsoft como “ilegais”, argumentando que a empresa promovia o Teams aos clientes por meio de seu pacote de produtividade dominante e ocultava o verdadeiro custo do serviço de chat e vídeo.

Em seu comunicado, a Microsoft não abordou diretamente essas preocupações, mas enfatizou a flexibilidade oferecida aos clientes existentes, que podem optar por manter seu pacote atual ou selecionar uma nova oferta que atenda melhor às suas necessidades.

Para novos clientes, a Microsoft estabeleceu um preço autônomo para o Teams em R$ 29,80 por usuário por mês. Além disso, pacotes do Microsoft 365 sem o Teams estarão disponíveis com preços variando de R$23,60 a R$ 117,50, dependendo dos recursos incluídos.

Analistas da Morgan Stanley estimaram que essa mudança é improvável de alterar a trajetória de crescimento comercial do Microsoft 365. Eles observam que a consolidação parece ser a direção preferida dos CIOs, impulsionada por pressões macroeconômicas e avanços tecnológicos como a GenAI.

A estratégia da Microsoft reflete uma resposta às demandas do mercado e às pressões regulatórias, mantendo sua competitividade.

Resta ver como essa mudança influenciará o mercado de colaboração empresarial e se outras empresas seguirão o exemplo.

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