Mato Grosso do Sul continua a se destacar no cenário nacional, consolidando-se como uma das principais referências em empregabilidade no Brasil.
De acordo com os dados mais recentes da PNADC-T (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral), divulgados pelo IBGE e compilados pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul, o Estado apresentou a terceira menor taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2024.
Com um índice de apenas 3,8%, Mato Grosso do Sul está atrás somente de Santa Catarina e Rondônia, reafirmando sua posição de destaque na criação de empregos e na estabilidade do mercado de trabalho.
Leita também
Esse desempenho impressionante reflete o vigor e a dinâmica do mercado de trabalho sul-mato-grossense, como aponta Jaime Verruck, secretário da Semadesc. “Os números do IBGE demonstram uma redução significativa na taxa de desocupação.
Antes, estávamos em 4%, subimos para 5% em um momento de transição econômica, e agora atingimos 3,8%, o que nos coloca como o terceiro estado com a menor taxa de desocupação do país.
Isso é significativo porque evidencia a recuperação e a vitalidade do nosso mercado de trabalho, que primeiro se reflete no número de vagas abertas e, em seguida, no número de vagas efetivamente ocupadas”, analisa o secretário.
O aumento no nível de ocupação também reforça o desempenho positivo do Estado. Com 63,4% da população em idade ativa empregada, Mato Grosso do Sul ocupa a 4ª posição entre as unidades federativas, superando a média nacional em 3,1 pontos percentuais.
Essa diferença destaca a capacidade do Estado em oferecer oportunidades para sua população, um aspecto que, segundo Jaime Verruck, é fundamental para o crescimento sustentável. “É crucial reconhecermos esse avanço no nível de ocupação.
Isso indica que as pessoas aptas ao trabalho estão encontrando emprego, o que é uma conquista notável. No entanto, o grande desafio que persiste é a qualificação”, afirma.
Além dos indicadores de desocupação, os dados da PNADC-T também revelam progressos significativos no combate à informalidade e ao desalento em Mato Grosso do Sul. A taxa de informalidade caiu para 31,8%, e o percentual de desalentados – aqueles que desistiram de procurar emprego – é de apenas 1,1%.
Esses números refletem o impacto de políticas públicas focadas na inclusão e na formalização da força de trabalho, como o MSQualifica.
O MSQualifica, plano estadual desenvolvido pela Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Emprego da Semadesc em parceria com a Funtrab e outras instituições como Senac, Senai e Senar, tem sido um instrumento chave na capacitação da mão-de-obra local.
“Estamos concentrando esforços em dois grandes grupos: os desalentados e aqueles na informalidade. Acreditamos que a qualificação profissional é o elo necessário para que essas pessoas acessem o emprego formal.
Os resultados que já estamos colhendo são fruto dessas políticas públicas”, destaca Jaime Verruck.
A capital do Estado, Campo Grande, também tem se sobressaído neste cenário de crescimento econômico. Segundo a PNADC-T, a cidade lidera entre as capitais brasileiras com a menor taxa de desocupação, registrando um índice de 4%.
Esse desempenho é atribuído, em grande parte, à expansão dos setores de comércio e serviços, que têm gerado novas vagas de emprego e fortalecido a economia local.
“Em Campo Grande, vemos claramente a sinergia entre a qualificação e a criação de empregos, fruto de ações integradas da Funtrab e da Funsat do município, que têm promovido uma busca ativa por pessoas para qualificá-las e inseri-las no mercado de trabalho”, explica o secretário.
O secretário Jaime Verruck avalia que Mato Grosso do Sul está no caminho certo para alcançar o pleno emprego. “Nosso Estado continua seguindo uma estratégia clara de crescimento, focada na geração de empregos no setor privado.
A consequência natural desse movimento é a manutenção de uma taxa de desocupação extremamente baixa. Além disso, a escassez de mão-de-obra disponível no mercado tende a impulsionar a média salarial, o que é positivo tanto para os trabalhadores quanto para a economia do Estado.
Esse cenário, aliado à nossa capacidade de atração de talentos de outras regiões, fortalece ainda mais Mato Grosso do Sul como um polo de desenvolvimento econômico”, pontua.
A estratégia de qualificação e inclusão adotada por Mato Grosso do Sul tem sido essencial para sustentar esse crescimento. Programas como o MSQualifica não apenas capacitam a população local, mas também criam um ambiente favorável para a atração de novas empresas e investimentos.
A parceria com instituições de renome, como Senac, Senai e Senar, garante que os cursos oferecidos sejam alinhados às necessidades do mercado, preparando os trabalhadores para ocuparem as vagas disponíveis e contribuírem para o avanço econômico do Estado.
No entanto, o desafio da qualificação continua a ser uma prioridade. Com o mercado de trabalho em constante evolução, é necessário que as políticas públicas acompanhem as novas demandas, garantindo que a força de trabalho local esteja sempre preparada para as oportunidades que surgem.
Para isso, o governo estadual tem investido em programas de capacitação contínua e na criação de novos cursos que atendam às necessidades específicas dos setores em crescimento, como o agronegócio, a tecnologia da informação e os serviços.
O futuro de Mato Grosso do Sul, portanto, parece promissor. Com uma das menores taxas de desocupação do país, avanços significativos na formalização do trabalho e uma estratégia sólida de qualificação profissional, o Estado se posiciona como um exemplo de desenvolvimento sustentável e inclusão social.
O desafio agora é manter esse ritmo de crescimento, ampliando as oportunidades para todos os cidadãos e fortalecendo ainda mais a economia local.
À medida que Mato Grosso do Sul continua a evoluir, a combinação de políticas públicas eficazes, parcerias estratégicas e um mercado de trabalho dinâmico será crucial para garantir que o Estado permaneça no caminho do progresso.
E, se os indicadores atuais servirem de referência, o futuro do trabalho em Mato Grosso do Sul será marcado por mais conquistas e pelo fortalecimento contínuo de sua economia, beneficiando a todos que aqui residem.