A ascensão da Inteligência Artificial (IA) testemunhou a notável contribuição de mulheres proeminentes, muitas vezes negligenciadas. Em uma série de entrevistas promovida pelo TechCrunch, destacamos essas líderes, começando com Irene Solaiman, líder de políticas globais na Hugging Face, uma figura influente no campo da IA.
Irene Solaiman traçou sua trajetória na IA como pesquisadora e gerente de políticas públicas na OpenAI, onde desempenhou um papel fundamental no lançamento do GPT-2, precursor do ChatGPT. Posteriormente, na Zillow, como gerente de políticas de IA, e agora na Hugging Face, Solaiman lidera a definição e implementação de políticas de IA, além de conduzir pesquisas sócio-técnicas.
Além de suas responsabilidades na Hugging Face, Solaiman atua como conselheira no Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e é reconhecida como especialista em IA na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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Em uma entrevista franca, Solaiman compartilha sua jornada não convencional na IA, influenciada desde a adolescência por sua paixão pela ficção científica. Com uma formação em políticas de direitos humanos e estudos em ciência da computação, ela enxergou na IA uma oportunidade de combinar suas paixões e contribuir para um futuro mais inclusivo e ético.
Destacando-se em questões complexas de lançamento de sistemas de IA e alinhamento de valores culturais, Solaiman orgulha-se de sua contribuição para moldar discussões no campo. Seu trabalho sobre um Gradiente de Lançamento de IA gerou debates significativos entre os cientistas e influenciou relatórios governamentais.
Enfrentando os desafios de uma indústria predominantemente masculina, Solaiman encontrou apoio em sua equipe e comunidades de pesquisa diversas. Ela enfatiza a importância da interseccionalidade e incentiva outras mulheres a formarem redes de apoio para enfrentar os desafios do campo.
Quanto aos desafios atuais da IA, Solaiman destaca a necessidade de coordenação internacional para garantir sistemas mais seguros e adaptados às diversas realidades regionais. Ela também alerta para os riscos de soluções técnicas isoladas que podem não abordar totalmente questões de segurança e ética.
Sobre a construção responsável de IA, Solaiman enfatiza a importância de envolver as partes interessadas e reavaliar continuamente as práticas de segurança. Ela defende avaliações humanas mais robustas, apesar dos desafios e custos associados.
Por fim, Solaiman reconhece o papel crucial dos investidores na promoção de uma IA responsável, incentivando seu envolvimento ativo em discussões sobre políticas e segurança. Ela espera que esses esforços possam estimular o crescimento de pequenas empresas em diversos setores, à medida que a IA se torna cada vez mais relevante além do domínio da tecnologia central.