Os desafios da retomada aos escritórios e o futuro híbrido

André Rocha 812 visualizações
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A volta ao trabalho presencial após a pandemia trouxe desafios inéditos às empresas. Contrariando expectativas iniciais, muitos executivos estão questionando a eficácia de suas estratégias. De acordo com uma pesquisa recente da consultoria Envoy, 80% dos executivos nos Estados Unidos reconsiderariam sua abordagem em relação ao retorno aos escritórios.

O desafio da intuição sobre dados

Uma das principais falhas identificadas foi a tomada de decisões baseada na intuição, em vez de dados concretos. Cerca de 23% dos líderes admitiram que a falta de dados unificados influenciou suas escolhas. Com 1.156 executivos de empresas americanas consultados em junho, fica evidente que a falta de preparo teve consequências. A ausência de dados confiáveis dificultou a avaliação do sucesso das políticas internas e investimentos imobiliários estratégicos.

Uma nova perspectiva

A pandemia redefiniu a visão sobre o trabalho presencial. Como Tiago Alves, CEO da IWG Brasil, argumenta, as empresas agora buscam um equilíbrio. A crise sanitária alterou a percepção de produtividade e deu voz aos colaboradores na definição do modelo de trabalho. Fatores como localização e flexibilidade tornaram-se fundamentais na retenção de talentos.

A solução: trabalho híbrido

A flexibilidade é a chave em um mundo pós-pandêmico. Embora o trabalho remoto tenha se mostrado viável, ele possui limitações. A resposta pode residir no modelo híbrido, que combina elementos presenciais e remotos. Esse modelo otimiza o uso de espaço, mantém talentos e fortalece a segurança digital.

No entanto, é importante salientar que o trabalho híbrido não se restringe à localização física. Ele abrange a cultura organizacional. Tiago exemplifica com um restaurante: de nada adianta ser híbrido se os clientes o encontram fechado. Portanto, a solução deve atender às necessidades da empresa, dos colaboradores e dos clientes.

Passos para um modelo híbrido bem-sucedido

A implementação do trabalho híbrido requer a participação ativa dos colaboradores nas decisões. Pesquisas e consultas são cruciais para garantir que todos se beneficiem com a mudança. Tiago sugere designar representantes de departamentos para criar políticas claras e bem-definidas.

Por fim, é essencial estabelecer regras claras para o trabalho híbrido. Não se trata mais de um “vale tudo”. As empresas precisam orientar seus colaboradores nessa nova fase, assegurando que as necessidades de negócios e funcionários sejam atendidas.

Resumindo, o retorno aos escritórios apresentou desafios inesperados para muitas empresas. No entanto, adotando uma abordagem baseada em dados e mantendo uma visão clara do futuro, as empresas podem navegar com sucesso na era do trabalho híbrido.

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